Antes que o assunto seja detalhado, momentos como este podem ser complicados ainda mais se você se tornou investidor há pouco tempo, mas fique tranquilo, temos a solução, sendo assim, ao entender os motivos da grande queda dos fundos imobiliários, isto nos permite ser investidores mais conscientes e consequentemente a tomar decisões mais assertivas.
Provavelmente você já ouviu falar sobre os impactos da Taxa Selic no mercado financeiro. Uma dúvida comum que surge é: por que os fundos imobiliários (FIIs) costumam cair quando a Selic sobe? Vamos destrinchar essa relação e entender o que acontece nos bastidores.
O que é a Taxa Selic?
A Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa de juros básica da economia brasileira, definida pelo Banco Central. Ela serve como referência para as taxas de juros de diversos produtos financeiros, como empréstimos, financiamentos e investimentos. Quando o Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é controlar a inflação, ou seja, torna o crédito mais caro e diminui o consumo. Por outro lado, quando a Selic cai, o intuito é estimular a economia e tornar o crédito mais acessível.
Como funciona os Fundos Imobiliários?
Os fundos imobiliários são uma alternativa interessante para quem busca investir no mercado imobiliário sem precisar comprar um imóvel físico. Eles funcionam como uma espécie de “condomínio” de investidores, onde o dinheiro arrecadado é destinado a diferentes tipos de ativos, como imóveis para locação, shopping centers, hospitais ou até mesmo títulos de dívida ligados ao setor imobiliário.
Por que a alta da Taxa Selic resulta em grande queda dos fundos imobiliários?
Atração da renda fixa
Por exemplo, quando a Selic sobe, a renda fixa se torna mais atraente para os investidores, dessa forma, Tesouro Selic, CDBs, LCIs e LCAs começam a oferecer retornos mais altos, o que faz com que o investidor migre uma parte do seu capital para essas opções mais seguras. A renda fixa é uma alternativa mais previsível e estável, com baixo risco e retorno garantido, especialmente em cenários de Selic elevada.
Por consequência, como os fundos imobiliários têm uma rentabilidade mais atrelada ao mercado e aos imóveis (que, como sabemos, podem ter certa volatilidade), eles acabam perdendo o brilho diante de uma renda fixa mais atrativa.
Valorização dos imóveis e custo do crédito
No caso dos fundos imobiliários que investem diretamente em imóveis, o aumento da Selic pode aumentar o custo do crédito para novos financiamentos ou aquisições. Como a taxa de juros mais alta torna mais difícil o financiamento de novos imóveis, a demanda por imóveis pode cair, o que acaba diminuindo o valor das propriedades e, consequentemente, impactando os rendimentos dos fundos imobiliários.
Expectativa de crescimento
Esse cenário de alta da Selic, torna os investimentos de longo prazo mais arriscados, já que a expectativa de uma recuperação econômica mais lenta diminui. Os investidores podem, então, preferir opções mais seguras, como os títulos de renda fixa, que oferecem uma rentabilidade mais previsível e com menor risco.
Fundos Imobiliários devem ser evitados?
De modo algum, os fundos imobiliários sofrem com o aumento da Taxa Selic, isso não significa que eles sejam investimentos ruins. Portanto, o cenário de taxas altas pode criar oportunidades em fundos de papéis (aqueles que investem em títulos de crédito imobiliário, como CRIs) ou até em fundos que focam em imóveis com contratos de longo prazo, que têm uma certa proteção contra a volatilidade de curto prazo.
Da mesma forma, vale ressaltar que os fundos imobiliários podem ser uma boa escolha de investimento a longo prazo, já que eles distribuem rendimentos periódicos (geralmente mensais) provenientes dos aluguéis e juros dos imóveis que compõem o fundo.
Como se Proteger do Impacto da Selic?
Diversifique seus investimentos
Renda fixa, Tesouro Selic, renda variável, ações e fundos imobiliários. Além disso, considere investir no exterior, podem ser uma excelente forma de proteger sua carteira contra os efeitos da alta da Selic no Brasil. Investir em fundos internacionais, ações de empresas globais ou até mesmo em ETFs que acompanham índices estrangeiros podem ajudar a reduzir os riscos relacionados à economia nacional, sendo assim, geram uma diversificação geográfica e setorial, diluindo os impactos de variações na taxa de juros brasileira.
Monitore a composição do seu portfólio
Constantemente, reforço a importância de ter uma carteira diversificada, caso tenha muitos fundos imobiliários, pode ser interessante avaliar a estratégia dos fundos e entender sua exposição ao aumento da Selic. Fundos com imóveis em locação de longo prazo ou com contratos reajustados pela inflação são mais resilientes, pois garantem uma rentabilidade estável mesmo em um cenário de alta da Selic.
Por fim, a grande queda dos fundos imobiliários e a alta da Selic é uma questão de atratividade e custo, ou seja, a Selic sobe, a renda fixa se torna mais atraente, o que leva os investidores a diminuírem sua exposição aos FIIs.
Dessa maneira, aumentar a Selic traz desafios para os fundos imobiliários, no entanto, também pode abrir novas oportunidades, além disso, se você ajustar sua estratégia, seja investindo em renda fixa, ações, fundos imobiliários ou ativos no exterior, pode continuar a colher os benefícios de seus investimentos, mesmo em tempos de juros mais altos.
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